quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Use o Google Forms para elaborar questionários e compilar dados e respostas

Se você já respondeu alguma pesquisa pelo computador, muito provavelmente já conheceu o Google Forms. Basicamente, ele é um coletor de respostas que permite a qualquer pessoa criar formulários sobre qualquer assunto, de maneira gratuita. Por meio dessa ferramenta, é possível gerenciar as inscrições em um evento, realizar uma enquete rápida, montar um banco de arquivos de e-mails e por aí vai.
Não é difícil, portanto, chegar à conclusão de que na escola o Google Forms tem um grande potencial – algo que eu mesma tenho provado no meu dia a dia como diretora de escola.
Talvez a primeira ideia seja utilizá-lo para realizar provas online, em que os alunos responderiam as questões virtualmente. Mas há outras dezenas de usos. É possível consultar os alunos sobre os temas que gostariam de abordar na próxima Feira de Ciências, os professores acerca da disponibilidade de tempo para a montagem da grade horária e os pais em relação aos melhores horários e dias para as reuniões.
Realizar esses tipos de perguntas podem nem ser novidade. Mas a questão é que fazê-las por meio dessa ferramenta facilita (e barateia, já que não é preciso imprimir nada) todo o processo. As repostas chegam em tempo real e são organizadas, automaticamente, em gráficos, cujo formato você mesmo pode escolar.
Além disso, o formulário pode ser personalizado de acordo com a necessidade –  pode ser de múltipla escolha ou de respostas dissertativas, por exemplo. Também é possível incluir imagens e textos.
Meu colega Manuel Gomes Neto, professor de Ciências e orientador de Informática Educativa na EMEF Professor Lorenço Manoel Sparapan, localizada em São Paulo, conta como tem utilizado o Google Forms: “Como a ferramenta possibilita coletar, armazenar e analisar uma grande quantidade de informações de maneira simples e rápida, acaba facilitando uma série de atividades do cotidiano da sala de aula. Eu já o usei, por exemplo, para criar bancos de dados com informações dos alunos – e-mail, telefone, contato dos responsáveis, entre outras – que facilitam quando estamos organizando atividades externas”.
Mas Manuel não se limitou a isso. Criou formulários para realizar votações, avaliações objetivas e levantamento de dados sobre os alunos (veja outro exemplo aqui), para ajudá-lo a tomar decisões sobre os temas de suas aulas e as reflexões que queria fazer com os alunos.
“Também usei a ferramenta para receber feedbacks do meu trabalho e para realizar autoavaliações com os alunos. Os dados tabulados ao longo dos bimestres permitem que nós e eles possamos perceber os progressos alcançados ao longo do processo de aprendizagem. A experiência tem sido excelente”, finaliza.
Aqui você encontra três exemplos de formulários criados pelo professor: um para a formação de banco de dados, outro de pesquisa sobre o comportamento dos alunos em relação à tecnologia e um terceiro, de autoavaliação.
E só lembrando, os formulários também podem ser construídos de maneira coletiva, da mesma maneira como o Google Docs, como mostra o post da semana passada, que pode ser acessado aqui.

Jane Reolo