terça-feira, 23 de maio de 2017

Vídeos gratuitos para usar em sala de aula

Projeto Curta na Escola reúne mais de 500 filmes de todas as disciplinas e etapas de ensino

Cena do filme “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado, o vídeo mais visto no site














Materiais audiovisuais podem ser bons instrumentos para introduzir conteúdos e despertar o interesse dos alunos. Você costuma usar vídeos em sala de aula? Seja a resposta sim ou não, a dica de hoje é para você: um repositório com 560 curtas brasileiros que podem ser usados gratuitamente!

O projeto Curta na Escola foi desenvolvido para os educadores e tem como objetivo incentivar o uso desse tipo de produção nas escolas. No site, você pode fazer uma busca avançada, escolhendo disciplina, etapa de ensino, faixa etária e os temas transversais que gostaria de abordar.
É possível também se cadastrar no site para compartilhar sua experiência e criar uma lista com seus curtas favoritos. E mais: há diversos relatos e planos de aula de educadores que utilizaram os vídeos em suas aulas.

Confira quais são os 3 curtas mais vistos:

1. Ilha das Flores, de Jorge Furtado. 1989, 13 min.

Sinopse oficial: Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. O curta acompanha a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, a fim de escancarar o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.
Assista aqui!

2. A Invenção da Infância, de Liliana Sulzbach. 2000, 26 min.

Sinopse oficial: Ser criança não significa ter infância. Uma reflexão sobre o que é ser criança no mundo contemporâneo.
Assista aqui!

3. Maré Capoeira, de Paola Barreto. 2005, 14 min

Sinopse oficial: Maré é o apelido de João, um menino de dez anos que sonha ser mestre de capoeira como seu pai e dar continuidade a uma tradição familiar que atravessa várias gerações. Um filme de amor e guerra.
Assista aqui!

Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/4628/videos-gratuitos-para-usar-em-sala-de-aula?utm_source=tag_novaescola&utm_medium=facebook&utm_campaign=mat%C3%A9ria&utm_content=link


terça-feira, 16 de maio de 2017

6 ferramentas para turbinar o ensino de Língua Estrangeira


Aprender e ensinar uma segunda língua não é uma tarefa fácil. Em muitas escolas, além do tempo destinado para as disciplinas de Inglês e Espanhol ser reduzido, o grande número de alunos por sala dificulta a atenção personalizada que a prática merece.
Mas é possível dar um upgrade nas aulas! Como? Sugerindo atividades diferentes, em suportes digitais, aos alunos. Elas podem tanto complementar o conteúdo trabalhado em sala quanto servirem como atividades extras para os estudantes que querem avançar em relação ao que está sendo trabalhado com a turma.
Abaixo, selecionamos seis plataformas que podem passar a fazer parte do seu planejamento.


O aplicativo funciona como um jogo: a cada fase que o usuário cumpre, ele ganha pontos para passar para a próxima. No começo, ele é apresentado a palavras, depois passa a traduzir frases e assim por diante. Além da tradução, os exercícios também trabalham a fala, a escuta e a escrita. Também é possível definir metas a serem alcançadas. A plataforma é gratuita e está disponível para computadores e celulares com os sistemas Android e iOs.
Idiomas oferecidos: inglês, espanhol, francês e alemão
Para conhecer mais, assista ao vídeo.


O site da Universidade de Cambridge oferece diversos recursos para adultos e crianças que desejam aprender inglês: são exercícios online, jogos, materiais em PDF, preparação para provas e até mesmo dicas para os pais ajudarem os filhos nas tarefas. Também há uma área do site destinada a professores de inglês. Tudo gratuito.
Idioma oferecido: inglês


O site é voltado para quem deseja ampliar o vocabulário de alguma língua sobre a qual já tenha algum conhecimento. Por meio de um cadastro simples (que pode ser realizado pelo Facebook), o usuário tem acesso a vídeos, áudios, imagens, exercícios e jogos. É possível criar um grupo para estudar com amigos. Para quem está disposto a pagar por mais conteúdos, existe uma versão com mais recursos disponível por 9 dólares mensais.
Idiomas oferecidos: inglês, alemão, japonês, italiano, francês, espanhol, latim, coreano e russo.


A ferramenta é focada no estudo de vocabulário, permitindo que cada usuário crie cartões que ajudam na memorização. O cartão tem dois lados, permitindo, por exemplo, que de um se coloque a foto de um objeto e de outro o nome ou uma explicação, em texto ou áudio, sobre ele. Depois de elaborados, os cartões podem receber nomes e hashtags, que facilitam o agrupamento por tema, aula ou unidade de ensino. O aplicativo está disponível para Android e iOs, mas também e possível cadastrar um endereço de e-mail por meio do qual os cartões podem ser acessados.
Para conhecer mais, assista ao vídeo.


Uma das formas de estudar uma segunda língua de uma forma interessante é por meio da leitura. Nesse site, dá para acessar gratuitamente diversos livros em inglês.
Idioma disponível: inglês


A ferramenta oferece testes e atividades de vocabulário, gramática e elementos do idioma para diversos níveis. A primeira tarefa é gratuita para que o usuário possa testar a plataforma, mas as outras são pagas. A mensalidade pode variar de 12 a 23,95 reais, dependendo do pacote escolhido.
Idiomas oferecidos: inglês, francês, italiano, alemão, espanhol, russo, turco, holandês, dinamarquês, sueco, norueguês, polonês, indonésio e português
Para conhecer mais, assista ao vídeo.

Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/3366/blog-tecnologia-aplicativos-ferramentas-digitais-ensino-lingua-estrangeira?utm_source=tag_novaescola&utm_medium=facebook&utm_campaign=site&utm_content=link

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Vídeo em aula: engajamento é maior quando alunos produzem os seus

Imagem: Shutterstock
Passar filmes na classe para apresentar conteúdos em formato dinâmico ou mostrar histórias que criem empatia já é uma prática popular para fugir do formato tradicional de aula, em que o professor ou a professora fala e estudantes ouvem. Mesmo assim, ainda é uma atividade que mantém quem aprende no papel passivo de receptor de informação e conhecimento. Por isso, educadores que buscam desenvolver o potencial inventivo de seus alunos estão dando um passo a mais e incentivando que eles criem seus próprios vídeos.

A educomunicação ou produção de mídia, abordagens que fortalecem a comunicação em espaços educativos e colocam alunos no papel de criadores de peças de mídia, não são nenhuma novidade no campo da Educação. Mas, a popularização de recursos tecnológicos como aparelhos celulares, máquinas fotográficas e editores de imagens simplifica a sua aplicação. Além disso, os próprios alunos já estão familiarizados com algum tipo de experimentação audiovisual. Quem nunca gravou um pequeno vídeo com o aparelho celular? Nesse contexto, transformar tal prática, tão natural entre crianças e adolescentes, em uma atividade de sala de aula é uma oportunidade de proporcionar uma experiência na qual alunos se divertem e, ao mesmo tempo, constroem seu aprendizado.

Para que isso aconteça, não basta liberar o uso do celular para que eles façam videoselfies. Cabe aos educadores orientar produções com objetivos de aprendizagem claros, que podem envolver conhecimentos interdisciplinares e outras competências, como trabalho em equipe, resolução de problemas e criatividade. Além disso, é preciso estabelecer desafios e temas aos estudantes, propor etapas de trabalho (pesquisa, elaboração de roteiro, pré-produção, gravação e edição), combinar processos, dividir tarefas e cobrar prazos para que os projetos se concretizem. Ao final do processo, avaliar as produções e todo o trabalho desenvolvido ainda traz novos aprendizados para todos.
Para inspirar professores a darem espaço para a criação de vídeos em suas aulas, conto abaixo três casos que já apareceram no portal Porvir de escolas que realizaram projetos de produção audiovisual:

Produção de vídeo para trabalhar gentileza
 
Para trabalhar gentileza, a professora Cristina Gottardi Van Opstal Nascimento, do 5º ano do Ensino Fundamental em uma escola em Santos (SP), instaurou um processo colaborativo para os alunos produzirem vídeos sobre atos gentis na escola. Antes de pedir que eles gravassem, ela exibiu filmes para que as crianças ampliassem seu repertório sobre o tema e sobre gêneros audiovisuais. Depois, pediu para eles pensarem em atos gentis que poderiam acontecer dentro do ambiente da escola e desenharem essas cenas, que foram a base para o roteiro de suas produções. Por escolha dos alunos, que então foram divididos em grupos, eles mesmos foram atores dos filmes e deram vida aos seus desenhos. A professora apenas mediou a decisão de quem seriam os atores e de quem iria filmar. Por último, a edição também foi feita em grupo, com sua orientação. Segundo ela, durante todo o projeto, os alunos ficaram muito focados no que deveriam fazer e começaram a pensar sobre o impacto de suas atitudes em relação a colegas, professores e funcionários.


Produção colaborativa entre duas escolas
 
O projeto “Educom.geração.cidadã.2016" promoveu encontros de estudantes do Ensino Fundamental 2 do CEU Casa Blanca (público) e do Colégio Dante Alighieri (privado), em São Paulo. Ao final de um semestre, eles produziram um vídeo para convidar outras escolas a derrubar barreiras e a conhecer realidades diferentes, como eles fizeram. Nas reuniões prévias, os alunos tiveram a chance de se apresentar aos colegas do outro colégio, mostrar trabalhos que já tinham produzido, assistir a filmes como o da Organização das Nações Unidas (ONU) “Nós, os Povos” e discutir temas como política, desigualdade social, saneamento básico e Educação. A partir desse trabalho, elaboraram em conjunto o roteiro e dividiram as tarefas de gravação, cada escola ficando responsável por parte da captação das imagens. Somente o trabalho de edição foi realizado por professores e pesquisadores. Quando ficou pronto, o vídeo foi apresentado em um evento em um dos colégios, no qual os alunos realizaram uma autoavaliação e uma avaliação do grupo de acordo com critérios definidos no início do trabalho. Segundo professores envolvidos no projeto, os alunos aprenderam habilidades de comunicação, como participar de reuniões para conversar, discutir questões, saber escutar, intervir, tirar conclusões e fazer encaminhamentos. Eles também desenvolveram habilidades de pesquisa na internet, já que precisavam buscar informações para escrever o roteiro e se preparar para entrevistas. Além disso, o contato de estudantes de escolas com realidades diferentes os ajudou a desenvolver empatia.


Pesquisa e produção em grupo no Ensino Médio

Na disciplina de Tecnologias Aplicadas aos Negócios de um curso técnico concomitante ao médio, em Belo Horizonte, o professor José de Pádua Ribeiro desafia, há cinco anos, os alunos do 2º ano a investigar as novas tecnologias existentes no mercado, estabelecer uma relação entre tecnologia e empreendedorismo e criar um vídeo informativo em português, inglês e espanhol. Cada turma é dividida em quatro grupos com uma média de seis alunos por grupo. Os alunos devem escolher uma tecnologia inovadora, criar o tema e produzir um roteiro que aborde questões tecnológicas e empreendedoras, organizar a produção (onde serão as locações, que equipamentos serão usados, quem será entrevistado etc), captar as imagens e editar o vídeo. O roteiro é avaliado nas disciplinas de Língua Portuguesa, Inglesa e Espanhola pelos respectivos professores e os vídeos, que devem ter duração entre 5 e 6 minutos, são apresentados no auditório aos alunos do 2º ano e avaliados por uma banca que observa postura e comprometimento do grupo durante a exibição dos vídeos, abordagem da relação entre tecnologia e empreendedorismo, apresentação visual do vídeo e desenvoltura na locução e apresentação pessoal no vídeo. Segundo o professor que aplica esse projeto, a atividade desenvolve no jovem um maior envolvimento e engajamento no contexto tecnológico, conhecimentos técnicos da área da gestão e de recursos midiáticos. 

Materiais básicos para gravar vídeos:
 
- Câmera ou celular
- Microfone (se não tiver, escolha lugares bem silenciosos para fazer a gravação)


Outros materiais desejáveis:
 
- Tripé
- Lâmpadas e refletores


Programas gratuitos para edição:
 
- Windows Live Movie Maker
- Video Toolbox
- VirtualDub
- Stupeflix
- VideoSpin
- Lightworks


Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/4927/blog-de-tecnologia-video-em-aula-engajamento-e-maior-quando-alunos-produzem-os-seus