terça-feira, 21 de março de 2017

Seus alunos podem aprender - e se divertir - conversando pelo Skype

Imagem: Shutterstock

Falar pelo Skype ou outra ferramenta que permite a comunicação por voz e vídeo pela internet já se tornou uma prática comum para matar a saudade de alguém que está longe, fazer uma reunião a distância ou só jogar conversa fora sem pagar pela ligação. Poucos professores, no entanto, usam o canal para conectar suas salas de aulas com outros lugares do mundo.
Para incentivar o uso do Skype em escolas, a Microsoft oferece o “Skype na Sala de Aula”, uma comunidade online com funcionalidades que facilitam o seu uso pedagógico e conectam professores dispostos a inovar usando a ferramenta. Mas várias das sugestões propostas na comunidade e outras possibilidades também podem ser realizadas por uma conta comum do Skype ou em mesmo por outros aplicativos, como o Google Hangouts e o WhatsApp.

Apresento aqui algumas sugestões de atividades que já foram testadas por professores:



Intercâmbio de experiências regionais


Conectar alunos de diferentes cidades, regiões e até países é uma experiência rica para engajar alunos em conteúdos ao mesmo tempo em que desenvolve outras competências como empatia, curiosidade, comunicação e habilidade para trabalhar em grupo. Uma atividade realizada por uma escola do Colégio Municipal de Indaial (SC) e de alunos do Instituto Maria Auxiliadora, em Porto Alegre (RS), é um exemplo disso. Professores de ambas as instituições se comunicaram por um grupo fechado no Facebook e trocaram os trabalhos produzidos pelos seus alunos sobre animais em extinção em seus municípios. Os alunos foram incentivados a pesquisar espécies e realizar atividades sobre o tema de forma interdisciplinar - em Matemática, eles estudam o tempo de gestação de cada espécie, medidas e peso; para as disciplinas de História e Geografia, pesquisam os biomas do Brasil e sua localização no mapa; em Biologia, identificam  fontes confiáveis sobre as espécies.
Depois da preparação, aconteceram as videoconferências entre duas turmas, que ficaram organizadas em cadeiras na frente de um monitor conectado ao Skype. Cada aluno teve a chance de mostrar seu trabalho em frente à câmera e falar sobre a espécie que pesquisou. Depois, eles tiraram dúvidas e debateram entre eles sobre os animais. Segundo a professora Rúbia Waldirene Speck Loes, as crianças ficaram eufóricas com a atividade e tiveram acesso a informações sobre animais que provavelmente não teriam se tivessem apenas pesquisado individualmente. Além disso, se divertiram conhecendo alunos de outro Estado, com sotaque e realidades diferentes.
Esse projeto é apenas uma possibilidade que a interação entre escolas diferentes pode proporcionar. No Skype na Sala de Aula, também existe um jogo chamado Mistery Skype, no qual uma sala deve adivinhar, através de 20 perguntas, onde a outra está localizada. É uma estratégia válida tanto para a prática de outros idiomas, quanto para testar conhecimentos de Geografia, História e aprender um pouco mais sobre a cultura de determinado local.


Conversa com especialista
 
Nem sempre é possível trazer para a escola ou levar alunos para conversar e entrevistar especialistas que compartilhem conhecimentos e diferentes pontos de vista sobre um tema, mas através do Skype é mais fácil colocar estudantes em contato com pessoas que eles não acessam normalmente. Esse tipo de atividade vale para especialistas que falem sobre um assunto que os alunos estão aprendendo ou pesquisando, profissionais que deem depoimentos sobre seu trabalho e ajudem jovens a decidir o futuro profissional, até tutores que possam aconselhar estudantes em relação a projetos que estão desenvolvendo.

A professora Meghan Hunt, da escola Stipes Elementary, em Irving, no Texas, por exemplo, usou a ferramenta para oferecer uma aula virtual com um especialista em solos para seus alunos do 1º ano do Ensino Fundamental. Durante a sessão, o profissional mostrou tipos de solo e as crianças puderam fazer perguntas. Depois, a educadora discutiu e aprofundou o aprendizado da turma sobre o tema.


Aprendizado de línguas estrangeiras

Ferramentas de comunicação por voz e vídeo também são úteis para apoiar o aprendizado de uma língua estrangeira. Atualmente, já existem cursos que oferecem professores particulares para aulas online, mas também é possível levar a experiência para escolas. Uma atividade interessante é colocar alunos em contato com falantes nativos para conversas virtuais, o que ajuda a desenvolver a habilidade oral. É o que acontece no  GEC Poliglota Anísio Teixeira, no Rio de Janeiro, que tem como foco o ensino de línguas, como Inglês, Espanhol e até Árabe.

O CNA, uma escola com cursos particulares de inglês e espanhol, oferece o serviço Speaking Exchange, que coloca em contato estudantes brasileiros com idosos americanos que buscam alguém para trocar ideias. Professores que desejem proporcionar conversas na sala de aula, mas têm dificuldade em encontrar falantes nativos dispostos a participar, podem usar a ferramenta. Para isso, basta se cadastrar no site do projeto.


Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/4831/blog-tecnologia-seus-alunos-podem-aprender-e-se-divertir-conversando-pelo-skype?utm_source=tag_novaescola&utm_medium=facebook&utm_campaign=mat%C3%A9ria&utm_content=link

terça-feira, 14 de março de 2017

Como e por que usar tecnologia na escola


Em 2010, quando eu era diretora de uma escola de Ensino Fundamental, a mãe de uma aluna me procurou na saída da aula. Ela dizia que queria falar com a professora de sua filha, que solicitou sua presença para buscar o celular da menina, apreendido por ter sido usado durante a aula. Eu disse à mãe que, naquele horário, só estavam presentes os professores dos alunos do 1o ao 5o ano e que, para falar com os professores dos mais velhos, do 6o ao 9o, ela teria que vir no turno da tarde. Qual não foi a minha surpresa quando a mãe me informou que sua filha era da sala do 1o ano e estudava de manhã. Ou seja, era uma menina de 6 anos.
A pergunta que fiz para a mulher saiu naturalmente: “Por que sua menina precisa de um celular aos 6 anos?”.  E, até hoje me surpreendo com a resposta: “Para falar com o pai dela e não sentir falta. Nós somos separados e ele deu o celular para ela conversar com ele”.
A substituição das vivências físicas pelas possibilitadas pelas virtuais (através do uso de smartfones e computadores) parece ser um caminho incentivado pelo mercado de consumo e pelas grandes empresas que vendem tecnologia. Mas será que, na infância, já compreendemos e diferenciamos o virtual e o físico? E qual o papel da escola nessa relação?
Já há muitas gerações, convivemos com equipamentos diferentes ao longo da vida. Desde o rádio, a televisão, o telefone, o celular e a internet, tivemos, cada um, vivências diferentes na descoberta do mundo com a presença dessas tecnologias ao nosso redor. Ou seja, nós aprendemos a nos relacionar com a tecnologia ao mesmo tempo em que aprendemos a nos relacionar com o mundo. Exploramos, testamos e criamos rotinas com esses aparelhos. E é a construção dessas rotinas que nós, adultos, devemos mediar para que crianças e adolescentes tenham um uso saudável, eficaz e com propósito da tecnologia.
Neste ponto, a escola tem um espaço privilegiado, pois conta com a presença física, o toque, o afeto e também forte influência sobre os alunos. Por isso, devemos ter cuidado para que nossa prática como docentes não beire os extremismos: nem a substituição de relações presenciais pelas relações virtuais, nem a eliminação da exploração da tecnologia e do virtual.
A tecnologia está à serviço do conhecimento acadêmico, social e afetivo e deve pautar  de forma equilibrada o planejamento da escola. Abaixo, cito o exemplo do uso moderado da tecnologia em um trabalho escolar: 

Quando, como e por que usar tecnologia virtual


  •     Para ampliar e comparar as informações antes ou depois da vivência física
Utilizar o Google Earth, o EraVirtual  (site de visitas virtuais à patrimônios culturais)  ou o site de um museu é uma forma de ampliar o repertório, mas não substitui uma ida ao museu ou um estudo do meio. O virtual possibilita uma visita anterior ao espaço, auxiliando a construção do plano de visita. Esses sites podem ser acessados tanto do celular quanto do computador.

  •     Para registrar a experiência
Fotografar e filmar é um dos usos mais práticos dos smartfones. Centralizar o armazenamento das fotos, para que vários olhares sobre a mesma experiência seja compartilhado e posteriormente discutido em grupo, é uma forma de verificar as várias percepções e pontos de vistas sobre os mesmos lugares. Álbuns virtuais compartilhados podem ser criados gratuitamente no Picasa, Flickr, Photobucket, Smugmug e Yogile.

  •     Para produção
Posteriormente à visita, ferramentas virtuais podem ser utilizadas para a construção de um material ilustrado, um jogo, um aplicativo ou outro produto coletivo como forma de registro da experiência. Veja um exemplo aqui.

Mas o mais importante é construir com as crianças e os adolescente o equilíbrio do uso. Ter tempo para o virtual e tempo para o presencial é essencial. A dependência do uso se dá quando não percebemos quando existe ou não necessidade de usar a tecnologia.



Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/4785/blog-tecnologia-como-e-por-que-usar-tecnologia-na-escola

terça-feira, 7 de março de 2017

8 alternativas open sources para o MATLAB



Estudantes de matemática, física, engenharia, economia e outros com envolvimento com programação ou computação científica, provavelmente, usam ou devem usar o MATLAB. E se estiver usando o Linux?! Sem problemas, o sistema Linux, como qualquer outro sistema, possui alternativas open source para o MATLAB. Portanto, conheça algumas alternativas.