Se você já respondeu alguma pesquisa pelo computador, muito
provavelmente já conheceu o Google Forms. Basicamente, ele é um coletor
de respostas que permite a qualquer pessoa criar formulários sobre
qualquer assunto, de maneira gratuita. Por meio dessa ferramenta, é
possível gerenciar as inscrições em um evento, realizar uma enquete
rápida, montar um banco de arquivos de e-mails e por aí vai.
Não é difícil, portanto, chegar à conclusão de que na escola o Google
Forms tem um grande potencial – algo que eu mesma tenho provado no meu
dia a dia como diretora de escola.
Talvez a primeira ideia seja utilizá-lo para realizar provas online,
em que os alunos responderiam as questões virtualmente. Mas há outras
dezenas de usos. É possível consultar os alunos sobre os temas que
gostariam de abordar na próxima Feira de Ciências, os professores acerca
da disponibilidade de tempo para a montagem da grade horária e os pais
em relação aos melhores horários e dias para as reuniões.
Realizar esses tipos de perguntas podem nem ser novidade. Mas a
questão é que fazê-las por meio dessa ferramenta facilita (e barateia,
já que não é preciso imprimir nada) todo o processo. As repostas chegam
em tempo real e são organizadas, automaticamente, em gráficos, cujo
formato você mesmo pode escolar.
Além disso, o formulário pode ser personalizado de acordo com a
necessidade – pode ser de múltipla escolha ou de respostas
dissertativas, por exemplo. Também é possível incluir imagens e textos.
Meu colega Manuel Gomes Neto, professor de Ciências e orientador de
Informática Educativa na EMEF Professor Lorenço Manoel Sparapan,
localizada em São Paulo, conta como tem utilizado o Google Forms: “Como a
ferramenta possibilita coletar, armazenar e analisar uma grande
quantidade de informações de maneira simples e rápida, acaba facilitando
uma série de atividades do cotidiano da sala de aula. Eu já o usei, por
exemplo, para criar bancos de dados com informações dos alunos –
e-mail, telefone, contato dos responsáveis, entre outras – que facilitam
quando estamos organizando atividades externas”.
Mas Manuel não se limitou a isso. Criou formulários para realizar
votações, avaliações objetivas e levantamento de dados sobre os alunos
(veja outro exemplo aqui), para ajudá-lo a tomar decisões sobre os temas
de suas aulas e as reflexões que queria fazer com os alunos.
“Também usei a ferramenta para receber feedbacks do meu trabalho e
para realizar autoavaliações com os alunos. Os dados tabulados ao longo
dos bimestres permitem que nós e eles possamos perceber os progressos
alcançados ao longo do processo de aprendizagem. A experiência tem sido
excelente”, finaliza.
Aqui você encontra três exemplos de formulários criados pelo professor: um para a formação de banco de dados, outro de pesquisa sobre o comportamento dos alunos em relação à tecnologia e um terceiro, de autoavaliação.
E só lembrando, os formulários também podem ser construídos de
maneira coletiva, da mesma maneira como o Google Docs, como mostra o
post da semana passada, que pode ser acessado aqui.
Jane Reolo
Jane Reolo